01 maio 2013

o olho do mato morto - (poema)


reconheceu a presença de outros tempos.
aquela que voltou sem nunca ter ido.
não veio à cavalo, nem com o leão.

como quem conhece as sutilezas na vida.
atravessou os óbvios sinais de morte.

o suor escorria no pescoço
prendeu seu cabelo revelando o pássaro solto
no céu de sua carne queimada do sol.

sentiu seu cheiro
de homem
e de mulher

e passou com seu habituado movimento e precisão.
 eu, mal pude escapar das marcas deixadas por ela.

minha paixão.

Mita - João Pessoa, Paraíba



Nenhum comentário: